Proposta de funcionamento feita a Associação Escola de Psicanálise do Maranhão – AEPM em 17 de janeiro de 2025

Alayde Martins

Primeiramente, duas observações:

O texto possui inúmeras citações e muitas referências, tanto aos Seminários quanto aos Escritos de Lacan. Nem todas estão aspeadas e indicadas, mas vocês têm leitura suficiente para reconhecê-las.

Todas as partes em negrito ou sublinhadas não estão assim nos textos de origem.

Proponho continuar seguindo a Proposição de Lacan

Este ano proponho pôr à prova uma das grandes invenções de Lacan para o funcionamento institucional, com a qual é possível pensar uma solução para o paradoxo do ensino e transmissão na formação do psicanalista.

Na Proposição de 9 de outubro de 1967 sobre o psicanalista da Escola, Lacan nos adverte que “existe um real em jogo na própria formação do psicanalista”. Real que é desconhecido e que produz sistematicamente sua negação nas sociedades de formação dos analistas que vigoravam até que Lacan fundasse sua Escola. As sociedades psicanalíticas trabalhariam no sentido de recobrir o real e, assim, anular na formação institucional o que houvesse de avanço na análise do analista em formação. “Remediar isso, entre nós, deve ser feito pela constatação da falha que registro, longe de pensar em encobri-la. Mas para colher nessa falha a articulação que falta.” [1]

É uma formação que porta um impossível. O real do objeto a, pelo qual o gozo retorna, está em jogo aí.

Como tratar a questão?

Começo pensando separadamente cada uma, para fins de exposição, a transmissão e o ensino da psicanálise.

O inconsciente não é ensinado nem transmitido apenas a partir de seus conceitos. Definir o inconsciente é fundamental, acreditar-se sabendo do que se trata a partir de uma definição conceitual, é estar fora da psicanálise. É importante não esquecer de que se trata de uma práxis.

É assim desde Freud. Ao escrever sobre “A questão da análise leiga” em 1926, ele recomenda aos que quisessem se tornar analistas, que se submetessem ao tratamento psicanalítico. Só então, eles teriam como saber o que é o inconsciente operando em sua força.

A análise daquele que se propõe a advir analista é chamada de didática. Nela, há algo que se transmite, mas não há ensino. A partir de Lacan, a experiência de uma análise – didática ou não – é a mesma. Ele disse que não há nada nelas que as diferenciem, a não ser a decisão de um sujeito de se submeter a uma análise até o seu término. No livro “Uma temporada com Lacan” de Pierre Rey, ele nos conta que, numa determinada situação, quando Lacan era seu analista, este lhe disse que ele estava totalmente autorizado a intervir como analista, embora sua análise não fosse uma análise didática.

O psicanalista só se sustenta se não tiver contas a ajustar com o seu ser”.[2] O percurso do sujeito na análise vai levá-lo ao ponto que Lacan nomeia de destituição subjetiva. Fato que afastaria os incautos, caso no bilhete de entrada estivesse escrito o que se daria em sua saída.

Num percurso de análise, paga-se com seu “pedaço de carne”, e cada um tem o vislumbre do preço a pagar.  Lacan fala bastante sobre isso. Em uma de suas elaborações, ele diz:

[…] as pulsões mitificam o real, aquilo que produz o desejo, reproduzindo nele a relação do sujeito com o objeto perdido. Não faltam objetos que passam por lucros e perdas para ocupar seu lugar. Mas é em número limitado que eles podem desempenhar um papel que se simbolizaria da melhor maneira possível pela automutilação do lagarto, por sua cauda desprendida com desolação. Desventura do desejo nas sebes do gozo, espreitadas por um deus maligno.

Esse drama não é o acidente que se supõe. É da ordem da essência: porque o desejo vem do Outro e o gozo está do lado da Coisa.[3]

No lugar do analisante há perda subjetiva, que se dá em cada ato analítico culminando nesse ato de advir ali como psicanalista. Ele se encontra muitas vezes com o lugar vazio do Outro, com a radicalidade de sua vida regida pelo objeto que o causa, por um desejo inominável e indestrutível. Numa análise há perda de gozo, restando um possível mais-de-gozar recuperado. Ao fim de uma análise, Lacan diz que do lado do analista há o des-ser. Ele se vê reduzido ao objeto causa de desejo, resto que rege a vida de cada um e ao qual ele emprestou o semblant ao ocupar, com o desejo de analista, seu lugar de analista. O sujeito cai de um lado no mesmo instante em que o objeto cai do outro lado. Como sujeito barrado, dividido, o analisante se encontra com sua “essência de sujeito”, de ser falta, buraco turbilhonante por onde cada significante pode bater um, um, um. O sujeito é representado por um significante. Para outro significante.

O matema da fantasia indica que estarmos no mundo como seres falantes, é estarmos submetidos à perda, preço pago por nossa entrada na linguagem. Dependemos do desejo do Outro para ter um lugar neste mundo, e dependemos de nosso próprio percurso de perdas e renúncias para fazer nossa inscrição nele. Nossas boas-vindas, se forem dadas, serão ao nos tomarem e nos tornarem objetos. Objetos do desejo do Outro. O encontro com o lugar vazio, com o puro desejo, deixa cair esse objeto que acreditamos ser. Ser para o Outro e para o outro. Castração. Na transferência, o analista ocupa o lugar de semblant desse objeto que, ao final, cai.

Há o “désêtre” do lado do analista e a destituição subjetiva do lado do analisante. Podemos ainda falar de dois lados? Sujeito barrado e objeto a: matema da fantasia. Este ato, este corte, mostra uma travessia sem transpasse da borda. Penso assim a nomeada travessia da fantasia.

Se há transmissão da psicanálise, se uma análise leva alguém a tornar-se psicanalista, foi para conclamar os analistas a darem provas disso que Lacan propôs o passe. Mas, em 1978, ele chega mesmo a dizer que “Como posso pensar nisso agora, a psicanálise é intransmissível. É meio aborrecido. É muito irritante que todo psicanalista seja forçado – já que tem que ser forçado – a reinventar a psicanálise”.

Se há a transmissão da psicanálise, ela se faz prioritariamente a partir da análise de cada um. Por que o analista precisa de uma formação institucional que, segundo Lacan, a instituição não só pode como deve garantir? E que, ao querer essa garantia, ele só possa “ir mais além: tornar-se responsável pelo progresso da Escola, tornar-se psicanalista da própria experiência.”

Em “Alocução sobre o ensino”, proferida no encerramento do Congresso da EFP em 19 de abril de 1970, Lacan firma direções importantes sobre o ensino; mais ainda, sobre o ensino da psicanálise. Peço a vocês que o leiam. Cito apenas algumas passagens, para efeito de encaminhamento de minha proposta a vocês.

Por que continuaríamos surdos ao deslizamento que, mais ainda neste ano, impus ao saber, ao torná-lo homólogo ao gozo?” … Lacan havia mostrado que o saber é um meio de gozo.

 “[…] se o que se trata é do que vem a ser analisado. Se o sabemos, por que não dizê-lo, dizer que sabemos, entenda-se? Resta saber se isso se ensina.”  Como ensinar o que não sabemos antes, saber que só advém no “après-coup”? É da fala do analisante, submetido à associação livre, que o saber possível advém como verdade semi-dita, verdade que fala na voz daquele que a enuncia sem sabê-la.

“É pela meia-volta constituída pelo discurso do analista, pelo discurso que assume seu lugar por ser de uma distribuição oposta à do discurso do mestre, primário, que o saber chega ao lugar que designamos da verdade.”  

O discurso do mestre é inaugural, isto é, ele nos mostra que o significante representa o sujeito para outro significante, e que dessa operação cai um resto.[4] Quando o analisante se dirige ao analista, põe em andamento a suposição de que há um saber inconsciente, que é, na verdade, a própria ex-sistência do sujeito do inconsciente. O significante que o representa, nesta suposição, será posto em relação ao significante qualquer do analista. O matema da transferência indica que primeiro há a relação entre dois significantes para que se estabeleça a relação ao sujeito suposto saber.[5] Dois quartos de volta, uma meia volta no discurso do mestre, mostra em oposição a ele, o discurso do analista, o único discurso em que é possível colocar o saber no lugar da verdade.[6]

Pela relação do saber com a verdade adquire verdade aquilo que se produz de significantes-mestres no discurso analítico, e fica claro que a ambivalência daquele que ensina para o ensinado reside onde, por nosso ato, criamos caminho para o sujeito, ao lhe pedir que associe livremente (o que significa: que os faça mestres) aos significantes de seu percalço…”

Na transferência o analista agencia, do lugar de semblant de objeto a, com a convocação da fala do analisante em associação livre, a produção do sujeito do inconsciente, isto é, a produção dos significantes-mestres. Aqueles que, como mestres, guiam a análise na travessia dos dizeres do analisante para que possa advir um dito que o ultrapassa e o coloca frente à verdade. Aquele que ensina, o mestre, quem é ele aqui? Qual é a ambivalência daquele que ensina com o ensinado? De onde vêm os significantes-mestres? O ensinado não o será sem que um analista esteja no lugar do semblant de a, lugar que agencia o discurso do analista. No entanto, quem o profere é o sujeito.

“Essa produção, a mais louca por não ser ensinável, como muito bem experimentamos, nem por isso nos libera da hipoteca do saber.”

“Muito pelo contrário, o saber faz a verdade de nosso discurso.”

“Nosso discurso não se sustentaria se o saber exigisse a intermediação do ensino. Daí o interesse do antagonismo que enfatizo aqui entre ensino e saber. Não obstante, é sobre a relação entre o saber e a verdade que nosso discurso levanta a questão, por não poder resolvê-la senão pelos caminhos da ciência, isto é, pelo saber do mestre.”

Lacan substitui ensino e saber por verdade e saber. Ele promoverá e moverá um colossal conhecimento advindo da ciência, dos avanços da linguística, da lógica matemática, da topologia etc., para formular a teoria psicanalítica.

… “É nisso que a maneira como a verdade se formaliza na ciência, ou seja, a lógica formal, é para nós um ponto visado, por termos que estendê-la à estrutura da linguagem. Sabe-se que está aí o núcleo de onde procede meu discurso.”

 A importância da lógica em sua formalização deve ser lida aqui como uma convocação a que nos dediquemos a ela. Estende-la à formalização da linguagem, como Lacan fez, por exemplo, ao formular os quatro discursos, faz avançar a possiblidade de um discurso sem palavras, formalizado nas letras.

“… que o grafo, onde quer que prospere, só tenha sido produzido por ser importado do discurso do psicanalista…

“Isto é, dali onde o ato ordena que a causa do desejo seja o agente do discurso. O que me salva do ensino é o ato…”

É surpreendente, e óbvio, que a formalização do grafo do desejo só poderia ter sido feita a partir do desejo do psicanalista.  Não é por acaso que é com o grafo que Lacan mostra a “Subversão do sujeito e a dialética do desejo no inconsciente freudiano”. Ele foi abundantemente usado e abusado pelos discípulos e detratores de Lacan. No entanto, o que os captura, como a nós quando trabalhamos com ele nos Seminários “As formações do inconsciente” e em “O desejo e sua interpretação”, é seu caráter de ato, perpetrado por um sujeito a partir do desejo que o causa.

… “O que realmente me cabe acentuar é que, ao se oferecer ao ensino, o discurso psicanalítico leva o psicanalista à posição do psicanalisante, isto é, a não produzir nada que se possa dominar, malgrado a aparência, a não ser a título de sintoma.”

Portanto, quando o psicanalista está numa posição de ensino, ela equivale à do analisante. E o ensino da psicanálise, a partir desta posição, só pode ser transmitido de um sujeito para outro. Quando nos propomos à formação na instituição psicanalítica, quando desbravamos esse campo de saber, estamos aí, cada um, com seu sintoma.

“Por isso é que medeor[7]seria o termo certo para aquilo que dele se autoriza, se nada se pudesse designar aí como meio senão a voz com que ele opera, apenas para confessar a falha irremediável de o psicanalisante não estar à altura do que dele cai de psicanalisado.”

A coragem de sustentar teoricamente o que advém da sua análise, e a coragem de admitir que nenhuma teoria foi realmente apreendida sem que tivesse atravessado cada um em sua análise.

“A verdade pode não convencer, o saber passa em ato.”

No Ato[8] de Fundação, em 21 de junho de 1964, ao criar a Escola Francesa de Psicanálise, Lacan já formula o que se distingue aí por ser ensino. “O ensino da psicanálise só pode ser transmitidode um sujeito a outro – sob uma transferência de trabalho. A psicanálise é em ato. Compete a cada um dar testemunho disso na produção de um saber, no testemunho das falhas e crises que se dão neste processo.”

Lacan inventa a formação do cartel, cardo. Palavra latina que quer dizer dobradiça. Dobradiça como lugar de circulação do saber da psicanálise. Um cartel é feito de cada um e suas falhas. Ele é o instrumento criado por Lacan para a produção do saber que pode ou não se dar em ato na instituição psicanalítica. Lacan é explícito ao escrever que “nada se poupará para que tudo o que façam de valioso tenha a repercussão que merecer no lugar que lhe convenha”.

De um empreendimento de formação na instituição se farão conhecer as crises e a dissolução. A dissolução é a solução encontrada por ele para impedir o efeito de colamento de grupo. Para que não se colem mais ainda!

Ao considerarmos que cada um se enlaça no cartel a partir do sintoma que o faz um, podemos acreditar que ali se engendra uma chance de que o real que está em jogo na formação do analista percorra o trabalho do cartel e que a produção de significantes possa se dar. Não sempre, não o tempo todo, mas sim quando uma fala verdadeira faz uma enunciação que se deixa vir ali.

O cartel é o lugar prioritário na formação do analista.

Melhor dizendo, lugar deformação do analista. Não há lugar para o ganho cumulativo de conhecimento, de saberes. Ele é lugar de perda. Perdas narcísicas, sem dúvida, mas também perda do que cai a cada vez que um dizer é dito em ato. O sujeito não está lá, é verdade, mas o objeto que o causa pode vir operar a aparição de novos significantes. “[…] que cada um ponha aí algo de seu.”[9]

Lacan, ao falar sobre a experiência do passe, declara nunca haver falado de formação analítica, mas sim das formações do inconsciente.

O passe, como eu disse anteriormente, foi outra invenção de Lacan. Esta, para resolver a questão da nomeação dos analistas; que eles pudessem dar testemunho de que uma análise pode levar alguém ao lugar de analista. Teoricamente, Lacan o provou nas formulações do Seminário do Ato Psicanalítico.

Nossa instituição não tem como dar suporte ao passe. Mas tem como levar a sério (serial) os cartéis. Se o cartel funcionar eliminando a pregnância narcísica, quer na exibição de um saber, quer na tentativa de transformá-lo num lugar de ensino, então ele poderá estar aberto a que cada um fale ali livremente sobre sua leitura do texto, que no cartel é pretexto para um encontro com os outros. Seu ponto de vista, quer dizer, o que se leu no que foi lido, deve ser dito. Cada um. Ninguém lê a mesma coisa. Não sendo um lugar de mestria, o saber no lugar da verdade para cada um permite essa junção um a um, que não sendo grupal, pode ser um coletivo.

Ao falar do coletivo em “O tempo Lógico”, Lacan diz que “nessa corrida para a verdade, é apenas sozinho, não sendo todos, que se atinge o verdadeiro, ninguém o atinge, no entanto, a não ser através dos outros.”

Lembrando que “não há homossemia[10] entre o único (le seul) e só (seul)”. (discurso a E.F.P.). Não somos os únicos a estar só.

A aposta relativa ao ensino e transmissão está feita nos cartéis e o ponto nodal nos cartéis é o “mais-um”.

A MAIS UMA, quando foi escrita no Ato de Fundação da Escola Freudiana de Paris, em 1964, estava referida à teoria do “Um-a-mais no sujeito na psicanálise”, da qual Lacan nos fala nos Escritos, nos textos “O tempo lógico” e em “Situação da psicanálise e formação do psicanalista em 1956”. Nas “Jornadas sobre os Cartéis”, em 1975, Lacan retorna a esta formulação para dizer que ele “a antecipara sobre algo que agora tentava articular sob a forma do nó borromeano”.

“x+1 é precisamente o que define o nó borromeano, e é a partir de reiterar esse 1 – que no nó borromeano é qualquer um – que se obtém a individualização completa, ou seja, que do que sobra – a saber, do x em questão- não há mais que um por um.

[…] esse um, que parece sempre possível como enlaçando toda a cadeia individual, como concebê-lo? Certamente eu disse coisas sobre (o que Martin acaba de evocar, quer dizer) o “um a mais”. Na época eu o tinha tratado sob a forma do que constitui o sujeito, que é sempre um “um a mais””.

Outro ponto muito importante que sublinho neste texto é a afirmação de Lacan, confirmando ao Sibony, que “É justamente disso que se trata. De que cada um imagine ser responsável pelo grupo, ter que responder como tal.”

Ele não imagina sem motivo, já que, de fato, aquilo que faz o nó borromeano está submetido à condição de que cada um seja efetivamente, e não só imaginariamente, o que sustenta todo o grupo.

Então, o que se trata de mostrar não é até que ponto é verdadeiro, mas até que ponto é real, ou seja, quais são as formas de nó capazes de sustentar efetivamente esse real que faz com que, ao romper-se um aro, isso seja suficiente para liberar todos os outros”.

Percebemos, então, que pela sua própria estrutura, o cartel depende de cada um de seus membros para que exista como cartel propriamente dito. O mais-um, se não recusar seu lugar de exceção, será o pivô a partir do qual fará girar sobre o um a um, tanto a responsabilidade quanto o compromisso de cada um[11]; não só com o seu cartel, e sim com a formação que cada um pretende garantir na instituição que cada um deve sustentar.

Os cartéis abrem na instituição a presença de um saber produzido “aos pedaços”, por cada um. É uma grande possibilidade de se encontrar com um saber que não se fecha, que não é todo, que não reduz tudo ao sentido. Trata-se de um lugar onde o sujeito pode se encontrar com suas falhas, seus erros, seus dizeres retos ou tortos, porque um cartel não é apenas um lugar onde se fala, mas também onde se encontra aqueles que estão verdadeiramente interessados em escutar as elaborações uns dos outros.

A minha proposta para o funcionamento da AEPM em 2025 é a de apostar nos cartéis.

 

[1] Proposição de 9 de outubro de 1967 sobre o psicanalista da Escola em Outros Escritos.

[2] Lacan, Seminário 17, pág. 178.

[3] Lacan, “Do Trieb de Freud ao desejo do analista”, Escritos, pág.867.

[4]

[5]

[6]

[7] Medeor, eris eri [*med- “pensar, medir, julgar, tratar (um doente),,] i. dep.1.cuidar de; tratar. 2. Dar remédio a; remediar; medicar; curar. Dicionário Latino Português por Francisco Torrinha; Gráficos Reunidos Lda – Porto

[8] Ata e ato em francês se escrevem acte.

[9] Senhor A, pág.54, Documentos para uma Escola.

[10] Homossemia – é um termo que se refere à identidade de significado entre duas ou mais palavras. Quando a homossemia é total, as palavras são sinônimas, é uma espécie de sinonímia perfeita. Ocorre quando as formas têm a mesma identidade de significado. Exemplo: Pedro vende vinho e o vinho é vendido por Pedro. Ela também pode ser parcial, conhecida como parasinonímia. Ocorre quando dois ou mais elementos do conjunto significante estão em oposição disjuntiva. A homossemia é o oposto da polissemia.

[11] Aqui temos que ter muito cuidado com a ideia de que a função do mais um pode circular. Como Lacan deixa claro, a função só circula se o lugar do mais um estiver ocupado.